Quando a gente entra no climatério, o período das nossas vidas que inclui perimenopausa, menopausa e pós-menopausa, a visita ao ginecologista e qualquer outra consulta médica começa a ser um pouco mais complexa. Por quê? Porque na maioria das vezes a gente nem sabe muito bem o que perguntar ou como explicar o que está acontecendo com nosso corpo.

No último ano estivemos em contato com mais de 25 mil mulheres que estão atravessando essa etapa e, baseadas em seus depoimentos e experiências, decidimos colocar no papel algumas ideias práticas – a famosa “listinha” – para que a nossa visita ao médico seja produtiva e traga mais respostas. Afinal, tempo é algo que vale ouro em uma consulta médica. Em alguns casos, literalmente. Então para a consulta médica a gente sugere que você:

Tenha um registro detalhado dos últimos ciclos (ou da ausência deles), incluindo o começo e final de cada um e descrição do tipo de fluxo (muito, pouco, cor, cheiro, ou tudo o que chamar sua atenção). Essa informação é valiosa para que o médico possa ter uma noção detalhada de como o seu corpo está lidando com essa etapa. É uma espécie de “diário da menstruação”. Não é divertido, mas superútil. Tem quem prefira usar apps, mas os que conhecemos para menopausa não são muito “amigáveis”. Se você conhece algum legal, conte para a gente no @nopausa.br

Tenha uma lista de todos os sintomas que você está sentindo. Não importa se parecem “sem sentido” ou “sem relação” com a menopausa. Nessa fase, 34 sintomas podem se manifestar. Sim, trinta e quatro! Muitos a gente nem conhece, mas o médico pode ajudar a entender o que está acontecendo.

Lembre dos fatos da sua vida pessoal que significaram uma mudança radical: separação, mudança de trabalho, alguma perda. Tudo ajuda para que o médico possa entender – e dimensionar – o que está acontecendo.

Liste TODOS os remédios que você estiver tomando (vitaminas e suplementos naturais também contam).

Anote suas perguntas. E uma sugestão importante: a pergunta “idiota” é aquela que a gente não faz.

Para inspirar, damos alguns exemplos de perguntas básicas que a gente acaba esquecendo na hora H. Afinal, não é muito simples manter a tranquilidade quando se sabe que tem um espéculo à sua espera…

Quais exames devo fazer nessa etapa?
Como você – profissional da saúde – aborda essa fase? Isso é super importante, porque não tem nada melhor do que ser acompanhada por alguém que compartilhe dos seus pontos de vista sobre a menopausa. Ex.: se você não está a fim de fazer terapia de reposição hormonal não adianta ter um médico que acredite que esta é a única solução.
Quais são as alternativas ao tratamento que você está sugerindo?
Tenho outros problemas de saúde (se for o caso). A menopausa tem um impacto?
Se eu seguir o tratamento recomendado, há alguma restrição?
Quais são os próximos passos?
Quando devo voltar?
Em tempos de Internet e redes sociais também vale a pena perguntar: tem algum livro, site ou conta de Instagram que você me recomende?

Fizemos este guia para você porque o climatério vem acompanhado de muitas mudanças fortes e únicas. E a única coisa que podemos garantir é que lidando com o que está acontecendo, nos informando e decidindo como queremos vivenciar essas mudanças – ao invés de sermos levadas por elas -, a vida pode continuar igual. E, na maioria dos casos, ainda melhor!

Até a semana que vem.
Beijo grande,
Miriam

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