Quando eu trabalhava no Google, na área comercial costumávamos “dividir” os setores da economia em verticais: Health, Retail, Finance, Tech e Education eram alguns deles. Mais de dez anos depois creio que a linha para fazer essas divisões está cada vez mais difícil de traçar e que há uma única base para todas: a tecnologia.
Há um tempo víamos as empresas de varejo migrando para o e-commerce, e hoje fica claro que quem saiu na frente está nadando de braçada, como por exemplo o Magazine Luiza.
Depois do varejo veio a onda das fintechs, que continua acontecendo até hoje, as grandes taxas dos bancos foram reduzidas com mais players no mercado e menos custos de transação envolvidos. Nessa área o Nubank foi destaque aqui com o seu cartão de crédito sem taxa.
Agora o mundo se volta às healthtechs, empresas de saúde que vão desde a telemedicina à análise do DNA das pessoas. A última novidade foi o Google lançar uma área chamada Google Health, colocando no mesmo ambiente cientistas, médicos, engenheiros e product managers para colaborarem. O que podemos esperar? O trabalho desses profissionais aliado à inteligência artificial e ao big data pode trazer muita inovação na área da saúde.
Agora voltemos aos casos que eu mencionei antes. O Magazine Luiza não para de fazer aquisições, todas ligadas ao mundo da tecnologia. A XP acabou de eleger como CEO da companhia o responsável pela transformação digital da empresa. O Nubank provavelmente vai virar banco e o open banking ( sistema aberto de compartilhamento de informações financeiras) que acontecerá esse ano promete aumentar ainda mais a competição nesse mercado.
Sobre as outras áreas da economia? É só ler o jornal ou outros veículos de mídia que você encontrará os seguintes termos: edtechs (education+tech), martechs (marketing +tech) , proptechs (properties +tech) , femtechs (feminine +tech), logtechs (logistics + tech), entre outros…
Alguém ainda consegue enxergar a linha que eu falei no começo do texto?