Mãe saudável

Tive a sorte de manter bastante contato com meus avós, principalmente os maternos, que (ao menos na época em que convivemos) sempre foram muito atentos a questões de saúde. Meu avô foi um longevo exemplo de estilo de vida saudável mesmo considerando todas as exceções. Minha mãe sempre foi o oposto: se recusa a ir em médicos, planejar uma dieta ou fazer qualquer tipo de exercício. É o exemplo de uma geração rock’n’roll que sobreviveu apesar do seu estilo de vida, não por causa dele. 

Com exemplos tão dissonantes em casa, eu acabei transitando entre os dois extremos, mas acabei me encontrando melhor na figura esportiva e matinal. Fui muitas vezes exagerado nas metas, mas com a maturidade encontrei um caminho menos restritivo de dietas e treinos. A minha mãe seguiu tabagista e etilista, ainda que perfeitamente ciente dos efeitos a longo prazo que sua indulgência com cigarros e vinho branco. 

Como ela se aposentou do serviço público esse ano, precisou fazer exames que há muitos anos não fazia e que surpreendentemente não trouxeram nenhuma surpresa. Porém, identificamos que ela não comia o suficiente e havia perdido muito de sua massa muscular. O remédio seria simples: comer mais e se exercitar. No caso dela, uma mudança drástica. 

Com minha irmã morando agora em outro país, recorri a ajuda de um acompanhante para garantir sua alimentação diária e, quem sabe, se ela topasse, também uma caminhada ou um banho de sol como complemento para essa rotina mais saudável. Muito rapidamente, ela já começou a sentir os benefícios e começou a se sentir e se demonstrar mais disposta.

Esses dias eles me mandaram o vídeo que mostra ela fazendo exercício na bicicleta ergométrica que tem no condomínio. Já virou um hábito pra ela. Me enche o coração de alegria ter feito de maneira preventiva, muito simples e objetiva, uma pequena mudança no seu cuidado que vai garantir mais tempo e de melhor qualidade de vida pra minha mãe. 

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