Já reparou que costumamos usar palavras no masculino para generalizar o que se refere ao ser humano? Eis o androcentrismo. Usamos os alunos, os ganhadores, o grupo ou os amantes, mesmo quando há mulheres envolvidas. E temos também algumas frases androcêntricas como: “a conquista do espaço pelo homem”, “a evolução do homem”, “o cachorro é o melhor amigo do homem”. Que tal substituir algumas?

O androcentrismo reflete-se em nossa cultura e linguagem. Por conta disso, há uma discussão sobre o uso do gênero neutro na língua portuguesa. A bem da verdade, essa é uma discussão mundial, não é algo restrito ao Brasil.

Do que estamos falando? De palavras que estão no masculino/feminino, quando apenas esses dois gêneros não representam mais toda a sociedade, e de palavras que assumem o masculino quando estão no plural ou referem-se a algo genérico. Já reparou? Se numa sala de aula tem 10 mulheres e 1 homem, nos referimos ao grupo como sendo de alunos. Por que? Herança do latim, segundo os linguistas.

Você vai encontrar por aí, especialmente nas redes sociais, o uso de “amigxs”, “amig@s” ou “amigues”. As três formas de praticar o gênero neutro (e, @, x) são usadas em inúmeras palavras: bem-vindes, elxs, tod@s, namoradx.

Esse é um tema polêmico, com defensores e detratores da ideia de se adotar o gênero neutro. O que você acha?

Ilustração: Tyler Spangler

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