Sou apaixonada por fotolivros. Fotolivros não são livros de fotografia. A diferença pode parecer sutil mas é enorme. Um fotolivro é um trabalho em que as imagens contam uma narrativa do autor, e tudo que compõe o livro é importante. O tipo de papel, o material, o formato, o projeto gráfico, todas essas escolhas são usadas pelo artista para contar bem a história em um fotolivro.
Normalmente o autor está presente em todas as etapas do processo. Adoro mergulhar nesse universo sensorial, desvendar seus significados, conectar uma imagem a outra, sentir o peso, a textura e entender o formato do objeto. Posso falar muito sobre esse assunto e sempre adorei soterrar as pessoas que me visitam com minha coleção.
Comprar um fotolivro é uma forma acessível de ter o trabalho de um artista e incentivar a produção de arte. A experiência de adquirir um fotolivro é deliciosa. Sempre me diverti em todas as feiras que fui, muitas vezes o artista está presente e a conversa sempre vai longe.
Nas livrarias especializadas no segmento de fotolivros sempre encontro diálogo com as pessoas que trabalham na loja, normalmente apaixonados pelo formato como eu. Minha loja favorita é a Lovely House com sede em São Paulo, que circulava pelos festivais de fotografia, mas que no mundo pandêmico está com menos mobilidade.
A novidade é que em vez de ficarem parados eles resolveram criar a “Imaginária” um festival online que além das palestras também vai ter uma feira de fotolivros com várias editoras bacanas vendendo seus produtos.
Até o dia 28 de março. Só acessar: http://festivalimaginaria.com.br/
ou @festivalimaginaria no instagram e se divertir. Eu certamente estarei lá procurando por novas aquisições.
1 comentário
Elaborar narrativas a partir do que as imagens nos oferece! Que incrível, Ana!
Lembro bem que já conversamos sobre fotolivros, mas agora entendi bem a diferença com a fotografia.
De fato, Quando lemos imagens, atribuímos a elas o caráter temporal da narrativa.