Ano Novo, vida nova!!
Quase!! Parece que falta pouco para sairmos da toca e voltar a viajar e conhecer destinos que estão no nosso imaginário há bastante tempo. Viajamos para fugir da mesmice do dia a dia e para conhecer novos lugares, culturas, gastronomias entre outros.
O que significa para você conhecer um novo lugar, cidade ou país?
Se eu fizer esta pergunta para 10 pessoas, provavelmente terei 10 respostas diferentes. Ou seja, conhecer é um termo muito subjetivo e depende do grau de exigência de cada um.
“Se você passar, por exemplo, uma tarde visitando uma cidade histórica, poderá voltar para casa e dizer que a conhece” (Eduardo Giannetti – Auto-Engano).
Você terá uma opinião sobre o lugar baseada numa passagem minimalista. Se pensarmos no outro extremo e você passar um mês inteiro nesta mesma cidade histórica, terá uma visão bem diferente e mais completa porque teve tempo de descobrir algo sobre a história do lugar, hábitos dos moradores e a gastronomia local. E o novo conhecimento muda completamente a sua opinião sobre lugares e pessoas. São duas formas muito distintas de conhecer o mesmo lugar.
Neste momento, vejo e leio muitas previsões sobre como o turismo irá acontecer em 2021. Me chamou a atenção uma operadora de turismo inglesa que lançou uma lista com prováveis tendências e países que estarão em alta mês a mês para 2021, no estilo de uma Bucket List Pós Covid. Não sou muito fã de bucket list de viagem que cita os 10 destinos mais incríveis que você precisa visitar. Me passa uma ideia de check-list onde o objetivo é zerar a lista ao invés de aproveitar a viagem. Gosto muito mais de Wish List e a minha para 2021 tem apenas um item:
Menos é mais!
Aqui a ideia do Slow Travel se encaixa muito bem. É um termo que surgiu há algum tempo e que propõe uma mudança cultural para a desaceleração da vida cotidiana.
Esta forma de viajar nasceu a partir de um protesto feito pelo jornalista italiano Carlo Petrini. Ele protestou contra a inauguração de um restaurante de fast food (sim, aquele do Tio Ronald) na charmosa Piazza di Spagna, no centro de Roma, e acabou criando o movimento Slow Food, que tem como objetivo promover uma maior apreciação da comida, melhorar a qualidade das refeições e uma produção que valorize o produto, o produtor e o meio ambiente.
E esta ideia foi adaptada para o setor do turismo, focando em qualidade, retorno para as comunidades locais e sustentabilidade, opondo-se à massificação e padronização, criando assim o termo Slow Travel. Viajar assim é mais caro do que um tour padronizado?
Claro que sim, mas não será nenhuma fortuna. E como estamos vivendo um momento em que todos os paradigmas estão sendo quebrados, por que não considerar uma nova ideia no estilo Slow Travel, que tenha muito Slow Food!!
Termino este texto com o logo criado pelo movimento Slow Food que me parece muito inspirador