O termo decolonização foi cunhado pelo grupo Modernidade/Colonialidade nos anos 2000 e pretende inserir a América Latina no debate pós-colonial. É um termo que sempre me intrigou. Nunca tinha entendido a diferença entre decolonização e descolonização. Depois que entendi, fez todo o sentido trazer essa palavra para o nosso vocabulário.

Ao entender, adquiri um olhar crítico em relação aos contextos e culturas herdadas. É um termo que abre a possibilidade de uma grande conversa, de desconstrução de certezas e abertura para um período de transformação.

A Decolonialidade é uma escola de pensamento que tem como objetivo libertar a produção de conhecimento de sua influência eurocêntrica. Ou seja, propõe a busca por novas formas de organização que não sejam pautadas somente por modelos herdados da cultura europeia.

Tem como princípio abrir caminhos para uma cultura diversa, inclusiva e autêntica. A concentração de terra, as desigualdades sociais, o racismo, o machismo, o patriarcalismo etc. são entendidos como construções eurocentristas, heranças coloniais.

Não é o mesmo de descolonização, que indica uma superação do colonialismo. Já a ideia de decolonialidade indica exatamente o contrário, pois entende que o pensamento colonial permanece operando ainda nos dias de hoje, em um padrão mundial de poder.

Foto da obra de Larissa Grace

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