Você já deve ter assistido a “Machos Alfa”, da Netflix, em que um quarteto espanhóis começa encarar o machismo que é mais problemático ainda nesse recorte dos homens maduros. Ao tratar o problema com humor a série apresenta de maneira educativa uma nova perspectiva a quem (ainda) não reviu os maus hábitos.
Estoura a bolha da desconstrução de maneira sutil, ao mesmo tempo que reforça a conversa que já acontecia nesses círculos menores, Por isso, deve agradar ambos os públicos. Não precisaria de militância se não houvesse uma parcela que se recusa em admitir o óbvio. Porém, dentro das militâncias pode haver quem cometa os mesmos erros de insistir nos próprios privilégios. Como homens gays cisgêneros, a gente entende o peso do patriarcado também sobre mulheres e pessoas não-brancas. No entanto, repetimos comportamentos machistas.
Vide a turma de amigos que fiz recentemente pelo Grindr (o famoso app de pegação). Entre 30 e pouco e 40 e pouco, parecem uma versão dos homens da série, não tão maduros e certamente não tão machistas. Praticamente um “Sex and the City” gay com suas próprias questões acerca da masculinidade e relacionamentos.
Um deles é casado mas o marido não sabe que a gente existe. Outro tem relacionamento aberto, é passivo radical e perde o tesão em quem tem prazer anal como ele. Tem um que brigou com o namorado porque estava usando uma roupa transparente e estava o deixando inseguro (o relacionamento é fechado, mas ele continua no aplicativo). Por fim, um que depois de uma fase piranha descolou um paquera casado que mora longe pra ocupar o tempo.
Todos exemplos naturalmente masculinos de como a gente pode ser nocivo conosco e com os outros ao repetir certos padrões. E dar risada de nós mesmos é um passo importante rumo a uma mudança positiva.
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1 comentário
E quem é você, nessa fila? ? Legal!!!