Acordei molhada e atrasada, corri para lavar o rosto e despertar, do sonho molhado?! Enquanto me olhava no espelho lavando o rosto, me encarei bem e pensei: que sonho foi esse que te prendeu tanto a esse ponto de acordar assim!? Hein, Rebeca, sapeca!

Ainda não tinha lembrado com o que sonhei, ou com quem, mas estava sentindo uma deliciosa sensação de plenitude, tipo só eu sei o que eu fiz essa noite. Tão bom ter os próprios segredinhos, tão gostosa essa idéia de não precisar contar pra ninguém, e curtir um tesão gratuito sem culpa nenhuma!

Sei que essa calcinha molhada me acompanhou o dia todo até… eu me lembrar do sonho, assim de repente, quer dizer, até eu ouvir uma música no rádio do carro a caminho do supermercado que me fez lembrar da adolescência e como eu descobri a masturbação. BINGO!!! Preciso me tocar mais vezes, acho que vou fazer isso agora… Tão fácil!

Parei o carro no estacionamento do super e me deparei com uma cena fofa: uma garota e um garoto de uns 16 anos no máximo, se beijando de língua, sentados lado a lado e só as bocas grudadas, era hora do almoço deviam ter acabo de sair do colégio, estavam de uniforme, tênis e mochilas, a cena não era obscena, era pura. Não se escondiam, não se envergonhavam, não se intimidavam, se curtiam.

Entrei fiz compras e quando saí, lá estavam eles, bocas conectadas ainda, como se não existisse o entorno deles. Aí pensei o quanto a gente vai crescendo e se distanciando e se despedindo das sensações mais básicas como beijar na boca de língua e sentir o corpo todo responder a esse estímulo, à intimidade.

E você, quando foi a última vez que deu um beijaço na boca de língua daqueles em público, sem olhar antes se tinha alguém por perto olhando, sem pensar no que os outros irão pensar, sem sentir vergonha?

Ah! Lembrei do sonho, por isso estava tão molhada!

O sonho:
Foi na praia, aquele sol bem vitaminado, irradiante e eu estava lendo um livro deitada na esteira e toalha bem fofinha e como estava sozinha, levei um vinhozinho geladinho, suaaave só para matar a sede.

Não queria parar de ler, sabe quando você quer comer o livro de tão envolvida que está na história, parece que penetra na ficção e se sente fazendo parte dela? Mas, parava para bebericar o vinhozinho, é claro!

Arrumei o biquíni pra ficar com uma marca pequena e também desamarrei a parte de cima do biquíni, acho que me sentia em casa… em sonho tudo é possível! Mas, como estava apoiada no cotovelo, meus seios ficaram um pouco à mostra, para quem me visse de frente e foi o que aconteceu…

De repente: “Oi, o que você tá lendo?”

Levantei o olhar arrastada para a realidade por aquela voz que nem sei de onde veio. E a voz sentou bem na minha frente, quer dizer a dona da voz, era uma moça, cabelos meio queimados do sol e a pele bem dourada, um tipo acostumado com o sol.

Sentada na minha frente com as pernas meio abertas, ela olhava pra mim de óculos escuros, mas dava pra notar que o olhar dela estava colado nos meus seios, e de repente eu me peguei nem ligando pra esconder e nem passou pela minha cabeça amarrar o biquíni e continuei a conversa sobre o livro, que ela já conhecia, devia estar me observando há um tempo, né?

Mas, na verdade o livro foi só uma armadilha pra começar um assunto em comum, que iria parar em outro lugar…

Aí veio a proposta: ela me contou que o namorado sempre teve o sonho de trazer uma outra mulher para a relação sexual do casal e que ela nunca havia se sentido atraída por essa fantasia até me observar. Contou que o namorado iria chegar naquela noite e ela pensou em fazer uma surpresa para ele, me levando para a casa deles…

Oi?! Eu, objeto de desejo de um casal?! Para tudo, que ideia! Quero dizer, que ideia maluca, que ideia estranha, sei lá… Que ideia gostosa!!! Será o efeito do vinho, da leitura, do sol, de saber que eu estava sendo observada e desejada?! O que aconteceria? Como isso funciona, como acontece na realidade? Ela já tinha realizado alguma fantasia desse tipo, sem ser baunilha?

Enquanto ela ía contando sobre as coisas que eles gostavam de fazer, fui sentindo meu corpo se transformar, ficando mais solto, macio e o vento de fim de tarde foi batendo no bico dos meus seios e me arrepiei toda, será que era por causa do vento ou de tesão?

Já nem sabia mais, só queria saber o endereço da casa… Então, me levantei, esqueci de amarrar o biquíni, pois já estava me sentindo em casa (estava na areia da praia), e coloquei minha saída podrinha, bem rala e transparente, totalmente envolvida com o compromisso, mas antes passei pra comprar mais vinho, na mercearia, o atendente me lançou um olhar e naquele momento eu percebi o quanto eu estava quase lá já embalada à surpresa do namorado, quando aperto da campainha da casa, meu despertador me transporta para minha cama, pra realidade e atrasada para o escritório. Ufa!!!!!!

MARÇO DE 2020.

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