Estamos retrocedendo? Essa é uma pergunta que venho me fazendo quase que diariamente. Abrir o jornal, assistir um noticiário tem sido um sofrimento diário. A ansiedade grita, as emoções se embolam rapidamente e me despertam sentimentos que, a princípio, eu não achei nem que pudesse sentir. Hoje eu pedirei uma licença para a positividade. Está pesado e são tempos bem estranhos. Não dá para ser sempre good vibes com esse mundo de cabeça para baixo, de valores invertidos e de tamanha injustiça.
Me parece que, se por um lado estamos avançando em tecnologia (inteligência artificial, civis indo para o espaço), falhamos no quesito sociedade. Algo que, definitivamente, não mais combina com o ano de 2022 chega como um flashback da Idade Média. Talvez esses anos de pandemia tenham intensificado esse processo. Medo, ausência de perspectiva sobre o futuro, impacto econômico. Difícil manter o equilíbrio e a sanidade mental. Ainda assim, não creio que todo esse show de horrores que estamos presenciando possa ser totalmente justificado por esse período.
Depois de tantas porradas, deveríamos melhorar, não é mesmo? O que mudou nesse trajeto? Ficamos mais egoístas e colocamos a empatia para escanteio? O bem-estar do outro não vale mais nada? Sim, as minhas impressões de hoje não são nada agradáveis e, desde já, peço desculpas por estar saindo totalmente do meu estilo de escrita. Como disse, para mim é impossível não me impactar com os horrores que acompanhamos diariamente.
Encerro por aqui desejando a esperança de dias melhores. Acredito que ainda tem muita gente do bem nesse mundo que faz a diferença. Mas não podemos mais ficar de braços cruzados vendo a banda passar, precisamos fazer a nossa parte se desejamos um lugar mais tranquilo e mais digno de se viver.
Novamente, perdoem o meu desabafo.
Um beijo e até a próxima.