“Meu Deus, Brasil…”. Hoje eu resolvi começar o meu texto com o bordão de um dos caras que, na minha humilde opinião, mais contribuiu para o entretenimento nesses tempos de pandemia… Senhoras e Senhores, Mr. Gil do Vigor!

Sim, o sentimento dessa frase define, exatamente, o que venho sentindo, um misto de tristeza, que às vezes se transmuta em irritação, com algumas pitadas (muitas!) de gratidão. E um vazio…

Há um tempo, compartilhei no meu Instagram uma reflexão sobre essa montanha-russa emocional e, felizmente, recebi um texto bem bacana exatamente sobre esse mood que eu não consigo explicar: definhamento.

Em linhas gerais, é algo que traz consigo uma falta de concentração e de alegria, muito embora ainda se tenha energia para algumas atividades cotidianas. Bingo!

Prosseguindo, “é um sentimento de estagnação e vazio. Parece que você está se arrastando pelos dias, vendo sua vida através de uma janela embaçada. E poderá ser a emoção predominante em 2021.”

Eu tento manter o meu foco em dias melhores e, nesse momento, agradeço, imensamente, a todos os recursos que me permitem um rápido escape dessa realidade. E, mais uma vez, recorro às expressões do Gil para representar toda essa bagunça de sensações que me acompanham.

Dito isso e, agora sim, chegarei ao ponto do meu questionamento inicial, eu tenho fome. Da minha família, de abraços, de amigos, de colo, do cheirinho das cafeterias, de São Paulo, de fazer “bagunça” na minha sala no escritório, de encontrar, ao vivo, os muitos amigos que saíram do mundo virtual.

De, de repente, ir ali, de fuxicar as lojinhas e mercadinhos que eu descubro, de conversar até o dia raiar (com o detalhe de poder, quando eu quero, tirar um cochilinho em algum sofá ou poltrona, porque sim, sou dessas!). Enfim, faminta de tudo o que fazia parte do meu cotidiano e que, atualmente, está suspenso em algum local dessa linha do tempo.

Para não pirar, adotei o método “o que tem para hoje” e sigo com o cinto de segurança bem apertado nessa experiência para lá de desafiadora, desejando mais “tchaki-tchaki” em nossas vidas do que “estou indignado!”.

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