Se você é uma mulher com alguma experiência de vida, já sabe quem manda em casa. Isso não é nenhuma colocação feminista ou de diferença de gênero: é estatisticamente comprovado.

É você provavelmente quem escolhe os planos de saúde da sua família, quem faz as compras da casa e organiza o dia a dia de seu funcionamento. É a mulher quem geralmente está mais presente no dia a dia dos filhos e quem cuida das necessidades dos pais mais fragilizados. E isso significa movimentar a economia.

Mas o mundo sabe disso? Por que aos 50 anos algumas de nós entram em uma crise de identidade, às vezes motivada pela “síndrome do ninho vazio”, quando aos poucos perdemos nosso papel de mães cuidadoras, outras por não nos sentirmos representadas nas campanhas de publicidade em geral? Onde está a nossa força?

Está mais do que na hora de pararmos essa narrativa de que nos tornamos obsoletas com a idade. Essa forma de encarar o envelhecimento tem que ser atualizada e precisa de um “refresh”.

Nós, legítimas representantes da Geração X, temos um potencial de consumo imenso, e aos poucos estamos conseguindo ditar novos padrões e conceitos do que é ser bonita e atuais na maturidade.

Geração X

E pra quem se confunde com tantos nomes e letras das Gerações, a Geração X, ou mais conhecida pelo nome fofo “Late Boomers”, é formada por quem nasceu entre 1965 a 1979.

Claro que quem conseguir captar essa demanda reprimida estará alinhado com esse “Zeitgeist”, que nada mais é do que o “espírito do tempo”.

Tenho lido vários artigos sobre temas que orbitam os 50 anos plus, e como a nossa geração está transformando a economia no mundo. E entrou no meu radar o incrível Joseph Coughlin, fundador e diretor do AgeLab do MIT – Massachusetts Institute of Technology- que anuncia: as mulheres chegam muito mais preparadas na maturidade do que os homens.

Joseph Coughlin escreveu um livro atualíssimo, que retrata a realidade desse mercado gigantesco da qual fazemos parte, o “The Longevity Economy”. E atenção, porque esse livro vem sendo considerado um guia importante para o mercado publicitário, que ainda não entendeu esse potencial disruptivo.

O professor do MIT pontua: “No AgeLab acreditamos que o mercado está ignorando essa geração de mulheres poderosas. O marketing atual tem a ideia de que a inovação é um homem de 27 anos usando seus tênis hypados. E não é! São essas mulheres as inovadoras. São as mulheres maduras quem mais pesquisam no Google sobre comportamento, sexo, produtos, cultura, saúde, wellness”.

Geração X

Nossa Geração X, além de viver mais, exige viver melhor. Nós queremos, além de saúde, bem estar. E quem tiver condições econômicas para isso, está disposta a investir e bem. Nós, mulheres perennials, investimos em produtos de beleza, procedimentos estéticos, nutricionistas, bons planos de saúde, experiências culturais, tecnologia, boas roupas, gastronomia.

Queremos nos sentir representadas nas campanhas publicitárias, que ainda colocam meninas de 20 ou mulheres de 30 anos anunciando produtos anti aging (expressão agora substituída por pro aging).

Queremos campanhas de celulares com mulheres de 50 estampando os anúncios. Queremos lingerie sexy com mulheres grisalhas, anúncios de carros com mulheres maduras no volante, queremos todo um mindset de que aos 50 anos somos mais que māes, filhas ou esposas nas propagandas.

Não queremos mais ser representadas apenas como aquela mulher que cozinha o peru de Natal, ou que aparece com seu marido andando calmamente de bicicleta numa tarde bucólica.

Somos uma geração poderosa que pesquisa, escolhe, define e experimenta. E que vai ser a maioria demográfica em breve.

Geração X

E ainda nos sentimos sem representação. Bom, mal representadas pode até ser, mas sem poder jamais! Estamos aguardando essa virada!

Um beijo, Claudia

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4 comentários
  1. OI, cLAUDIA!

    PARABÉNS PELO SITE! eSTÁ LINDO.
    eU SOU A gEORGIA SIGO VOCÊ E MIRIAM NO INSTA, GOSTARIA DE ENVIAR UM E-MAIL PARA VOCÊS E ME APRESENTAR MELHOR, PENSEI EM FAZER UMA PROPOSTA DE COLABORAÇÃO COMO COLUNISTA. é POSSÍVEL? SE SIM, PEÇO QUE ME ENCAMINHEM O E-MAIL.

    oBRIGADA E CONTINUEM BRILHANDO

    gEORGIA mENDES

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