Ela não consegue resistir: a atracão que sente pelo belo e jovem fisioterapeuta André juntamente com a vontade de viver algo diverso da rotina que vive há anos, numa vida de intenso trabalho no restaurante ao lado do marido Oswaldo, são irresistíveis. Leila realmente volta ao consultório de fisioterapia, no dia e hora marcados por André. (Leila e o início dos prazeres de uma mulher quase madura).

Ela não havia contado nada sobre o acontecido na última consulta para o marido. Mas… será que Oswaldo não percebe que ela está muito arrumada, muito cheirosa, muito excitada e feliz quando sai de casa para dar continuidade ao tratamento fisioterapêutico no cotovelo quebrado? Oswaldo conhece André, foi ele quem marcou a primeira consulta. Sabe que é um homem atraente.

Durante o caminho até a cidadezinha vizinha onde fica o consultório, Leila se pergunta se realmente os homens são cegos e só enxergam o que querem ver. Questiona se são insensíveis, imunes a sentimentos que não se enquadram positivamente em suas vidas. E fica na dúvida: não sabe se prefere que Oswaldo tenha certeza de sua fieldade e ou se fica triste por ele não demonstrar sentir um tiquinho de ciúmes sequer. Afinal, está toda bonita, indo ao encontro de um outro homem! Fisioterapeuta, sim, mas homem!

Leila veste um vestido soltinho, leve, é verão. Por baixo, uma calcinha de renda preta, um nada. As sandálias de salto alto deixam ver os pés bem tratados, unhas esmaltadas com cor de jambo. Depilou as partes íntimas e as pernas, o que há muito não fazia. E vai. Tremendo de medo, de emoção, mas vai.

Não vê André, ao entrar no consultório. A recepcionista a acompanha à cabine e ela espera, de pé, encostada na mesa de massagem, enquanto ouve uma conversa vindo da cabine ao lado. Reconhece a voz de André, se despedindo da paciente anterior. Seu coração se exalta. A respiração fica forte. Passos. A porta se abre. André a fecha com muita pressa, e ainda com uma mão na maçaneta, puxa Leila para si e a beija na boca com ardor.

Mãos, beijos, calcinha tirada às pressas por André, fazem sexo ali mesmo, em pé, calados. Ela debruçada sobre a cama de massagens, ele a penetra por trás. Tudo muito rápido e brusco, Leila não goza. Mas gosta demais daquilo tudo, mesmo tendo o ato durado poucos minutos, ela se sente viva novamente. Veste de novo a calcinha, ajeita o vestido e os cabelos e, dando um pulinho, senta-se sorrindo na mesa de massagens.

“Vamos à segunda parte da terapia”, diz André. Leila está ainda bêbada devido ao ocorrido, meio que fora de si. “Por que eu, se você tem uma esposa tão jovem e tão bonita? Por que justo eu?” pergunta ela a André. “Você já se olhou no espelho? Levanta, olha ali naquele espelho. É por isso. Você é uma mulher muito atraente.” André a ajuda a levantar-se e a guia até o espelho, obrigando-a a olhar sua imagem por alguns instantes.

Leila quase não consegue conter o choro, seus olhos se enchem de lágrimas. Nunca, nunca alguém havia feito questão de que ela entendesse que é bonita, especial. Ela sempre se sentiu feia, sem atrativos, desde mocinha. Mas… e aquele belo exemplar de homem, afirmando que ela é linda, irresistível mesmo, ao ponto de valer a pena trair sua jovem mulher? Será verdade o que ele quer que ela entenda? Leila não consegue parar de refletir sobre aquilo por horas, dias. Só uma coisa é verdade: Leila está feliz como nunca!

Em casa, Oswaldo parece não desconfiar de nada. Embora Leila tenha se tornado muito vaidosa: anda muito de bicicleta, faz exercícios de musculação, toma banhos de sol. Deixa mesmo de fazer as tarefas do restaurante que tocam juntos, para ter tempo de cuidar de si. E pela primeira vez na vida, aos 43 anos, no ano de 2003, ela injeta botox na testa, numa clínica de beleza em Zurique. As rugas que insistem em aparecer entre os olhos a deixam com um semblante preocupado, ela não gosta disto.

Leila volta a fazer amor com o marido, sentindo o mesmo prazer que sentia no início do relacionamento com ele, quando ainda nem eram casados. Com Oswaldo ela tem orgasmos quase todas as vezes em que fazem amor. Sempre foi assim. Até que, talvez devido ao cansaço de tanto trabalho, à rotina, ao nascimento do filho e às preocupações com ele, simplesmente pararam de ter relações sexuais. André parece tê-la feito despertar.

Por André ela sente desejo, fica extremamente excitada, mas não chega ao clímax. É como se Leila apagasse o fogo desencadeado por André com o marido, Oswaldo, que não tem a menor ideia do que realmente acontece com sua esposa, sua companheira já há dez anos, mãe de seu filho. Está irreconhecível, de tão vaidosa, satisfeita com a vida e alegre. Até os clientes do restaurante percebem e fazem comentários, elogios.

As sessões de fisioterapia são rápidas. Veio a quinta consulta. E depois da quinta, a sexta. E assim foram seguindo as sessões, com uma trepada rapidinha como entrada, uma massagem corrida no cotovelo como prato principal e um longo gosto de remorso misturado com a frustração por não atingir o orgasmo, como sobremesa. Até que chegou o dia da décima e última consulta.

Talvez você se pergunte se foi então o fim do caso de Leila com o fisioterapeuta. Ou: houve consequências? Quais? Talvez você até condene Leila, por ela trair o marido, por passar mais tempo cuidando de si, ao invés de cumprir suas tarefas no restaurante. Mas: não temos todas o direito de procurar a própria felicidade? Será que André não foi o “despertador” que Leila precisava para ser mais feliz? Deixe, por favor, seu comentário, muito me interessa saber sua opinião.

Caso não tenha lido ainda os três capítulos anteriores, volte lá, para entender melhor o desfecho. Clique aqui:
Primeiro capítulo: Leila
Segundo capítulo: Leila e o início dos prazeres de uma mulher quase madura
Terceiro capítulo: Leila hoje, muitos anos depois da sessão de fisioterapia

E venha ler no próximo capítulo mais sobre a atual vida sexual de Leila, que é o resultado de tudo o que ela vivenciou até hoje. Lembre-se de que o relatado aqui aconteceu há 20 anos e que Leila, hoje, está quase com 60 anos. Vivendo seu segundo casamento. Feliz?

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