“A vida pode ser boa em certos momentos, mas, ás vezes, isso depende de nós.” (Charles Bukowski)

Saudades de escrever para o Inconformidades! Minha ausência foi devida ás intensidades de final de ano… E a busca por algo interessante para escrever.

Passei por leituras pontuais, o tradicional mergulho na música e assisti desde “Casa Gucci” até uns episódios de “And just like that”. Serviram para confirmar algumas opiniões pessoais:

Nada como um bom filme, com excelentes atores, um figurino impecável e boa trilha sonora.

Não gosto da Lady Gaga. Me desculpem, acho ela um desperdício de personagem. Pronto, falei.

Mulheres que envelhecem naturalmente são sempre mais bonitas. Sem “estica e puxa” exagerados, por favor.

Relacionamentos podem ser leves e divertidos como o de John e Carrie. Delícia esse negócio de ouvir música juntos com bom drinks ou bons vinhos!

Mas de tudo, o que me inspirou mesmo foi o delicioso artigo da Maisa Zakzuk – “Você atravessaria a ponte?” –coincidentemente em uma semana que assisti o filme de novo. Vai lá ler o artigo da Maísa e volta, é ótimo. Resumindo (muito) ela fala sobre a escolha de atravessarmos ou não a ponte por conta de uma paixão (desculpem o spoiler!).

É interessante que as pessoas assistem o filme a analisam a coisa toda sob a perspectiva da mulher. Pode ser raro, mas alguns homens também buscam uma paixão, ou já atravessamos alguma ponte, seja para sair de algo que não fazia mais sentido, ou ir atrás de uma paixão. Me faz lembrar do “I’ll gotta go see about a girl” do Good Will Hunting.

Reconheço que o mais comum é queimarmos algumas pontes, infelizmente.
Seja como for, tem hora que nós também confrontamos uma escolha, seja a permanência em um relacionamento que afrouxou ou o simples fato de se deixar envolver com alguém.

E isso deve passar batido nas estatísticas. Seguimos provavelmente liderando o grupo de responsáveis pelo fim dos relacionamentos e por não sabermos gerenciar nossas escolhas. Pena.

Fato é que apaixonar-se também é uma questão delicada para os homens, e parte igualmente importante do relacionamento. Sem paixão muito pouco sobre vive ao tempo. Só paixão não segura muita coisa, sem respeito e companheirismo junto.

E o mesmo vale para a carreira e trabalho também. Quem faz o que não gosta, definha com o tempo. Quem se conforma com tudo, leva uma vida chata, sem emoção, desafio e frio na barriga.

Por isso que muitas vezes, para não se conformar, tem que atravessar alguma ponte. Negócio arriscado e igualmente delicioso este de atravessar pontes… Mas a vida tem que valer a pena não? Entre o conformar e o tentar, fico com o segundo.

Livros foram escritos, músicas e filmes foram feitos sobre homens que atravessaram pontes por conta de uma paixão. A começar pelo próprio Clint Eastwood em “Pontes de Madison”. Foram poucos dias juntos, mas a vontade foi de viver com a Francesca dali pra frente.

Em “Cidade dos Anjos” Nicolas Cage deu “o salto” ao encontro de Meg Ryan. Tem aqueles que viram suas paixões partir, como Humpfrey Bogart em “Casablanca” ou Robert Redford em “O Encantador de Cavalos”.

Em “O Diário de Uma Paixão” aquele tipo de amor inquestionável, que supera tudo. A paixão fez o Ryan Gosling parar de fazer a fila no bar e sossegar em “Tudo por Amor”. E tem a paixão clássica de Cary Grant e Debora Kerr em “Trade Demais para Esquecer”.

E todos, valeu a pena arriscar e viver a paixão. Então se é leve, divertido e faz bem, porque não atravessar a ponte e ver o caminho que tem do outro lado?

Ah, sim! Falamos de drinks também. Pesquisas recentes indicam que Negronis e Martinis continuam sendo drinks indicados para acompanhar paixões e eventuais travessias de ponte.

E tudo sempre com uma boa trilha sonora, então nada melhor do que “Let´s Fall in Love” com Diana Krall.

“…Why go on stalling
I am falling
Our love is calling
Why be shy?…”

Cheers!

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