Muito se fala em desconstruir o masculino, inclusive o feminino, já que grande parte da população ainda carrega uma educação extremamente patriarcal. Não vou entrar neste mérito, já que o ponto aqui é outro, mas e sua sexualidade, consegue descontruir? 

Sexualidade, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) é uma energia que nos motiva a procurar amor, contato, ternura e intimidade, que se integra ao modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, influencia pensamentos, sentimentos e ações, refletindo em nossa saúde física e mental. Bem mais amplo do que só o sexo, né?!

Desconstruir basicamente significa refazer, ou seja, repensar em tudo que aprendeu e se permitir o novo. A grande questão é: Por que isso é tão difícil entre quatro paredes? 

Não fomos educados sexualmente, pelo menos não a minha geração. Pornografia não ensina, nosso amigo “Google” com suas infinitas possibilidades também não. Por que digo isso? A resposta é simples: Porque somos seres humanos únicos, em construção, assim como crescemos, amadurecemos e nossas percepções também mudam ao longo da vida. 

Vida é movimento e passa ao longo do tempo por várias idades, estudos, trabalhos, rotinas, relacionamentos, tudo muda. 

Abrir o diálogo entre quatro paredes é essencial para o processo de evolução na relação, sem 

isso, como saber o que sua parceria gosta, ou gostaria de fazer com você?

Existem inúmeras possibilidades entre 4 paredes, que não envolvam sempre a penetração. A maturidade me trouxe esse novo olhar, afinal o prazer feminino está diretamente ligado ao clitóris, que pode e deve ser estimulado, sendo seu acesso externo, sem falar na nossa pele que possui mais de 80.000 terminações nervosas livres espalhadas pelo corpo, sem mapa definido. Fica aqui outro dado relevante, o pênis ter cerca de 4.000 terminações nervosas, contra 8.000 do clitóris. 

Não é maravilhoso o corpo humano? Eu vibro quando estudo isso e percebo que estamos evoluindo, posso até sentir orgasmos, hahaha. 

Conversando com um grupo de amigas, percebemos que a grande maioria dos homens não conversam sobre a própria sexualidade entre amigos. Com “eles” o papo é outro, não rola intimidade. A virilidade masculina quando colocada em pauta causa um certo bloqueio, enquanto percebo que as mulheres estão cada vez mais focadas em novas descobertas. 

“Macho Alfa”, série na Netflix, retrata bem isso. Já fica aqui minha dica e estou de olho na segunda temporada que logo deve chegar. 

Sabe aquela famosa frase: “Pensei que você gostava disso”, então, para saber é preciso perguntar antes de fazer e igualmente assimilar com escuta ativa a opinião do outro. Nem sempre o taxativo “não” é um fechamento de portas, pode ser apenas uma crença limitante.

  Gosto de sugerir entre casais o diálogo assertivo, onde você abre a questão falando em primeira pessoa, ou seja, fale de si e escute amorosamente a opinião do outro, sem julgamentos. Fácil não é, mas necessário para quem deseja se relacionar.  

Relações são feitas de comunicação, precisamos desconstruir o que nos ensinaram, buscar sempre conhecimento, filtrar o que for melhor e seguir. Não se trata de “Discutir a Relação” e sim, “Dialogar a Relação”.

Pense nisso. 

Beijo 

Drika Almeida 

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