Ano novo. Novo? Sim… e já que estamos dobrando o cabo da boa esperança, mirando mais de perto a finitude, vai perder tempo com miudezas? Nesse 23 a ordem é descomplicar. Tirar-se da zona de desconforto (sorry Brené Brown) e procurar menos. Menos. Pausa.

Trocadilho infame com a falta de hormônios mas, depois de dez anos nesse vale seco que é o meu climatério severo, aprendi. Desacelerar, ir devagar, parar. Pra que diminuir a velocidade se já já vamos empacotar? Por isso mesmo. Para apreciar a paisagem.

Fazer o inventário das dores e sabores. Listar o maravilhamento do percurso. Teve porrada, confusão e bomba? Claro. Vai continuar esse tiroteio? Claro. Ninguém aqui é Poliana para achar que o novo ano trará só benesses.

Mas depois de ver tanta gente partindo por causa do vírus, do atropelamento, da bala perdida, do infarto, da morte súbita, vamos agradecer né? Ainda estamos aqui. Em plena era do 5G, do metaverso, dos avatares. Estamos vendo tantas transformações logo a gente que nasceu na era da TV preto e branco. Nem celular tinha.

Vimos um mundo imenso de velozes e furiosas mudanças. E continuamos de pé. Demos uma cambaleada mas não quebramos. E a lição? Não sou Monja Coen mas dá pra sacar que a gratidão é a senha para uma vida mais plena. Vamos agradecer e prestar atenção afinal atitudes definirão nosso futuro.

E aquele bordão batido que toda crise é oportunidade (e é mesmo) vamos aceitar que nem toda a tempestade vem para destruir. Muitas limpam, lavam, quaram. E nunca é por acaso. É o destino dando um empurrão, um tapa, um esbarrão pra gente ser desafiado sem ser derrotado.

A analogia que nossa vida é um balão de muitos sentimentos e o mundo é cheio de alfinetes é pura verdade. Subamos degraus. Altivos. Olhemos a vista. E sigamos inconformados. Feliz ano novo

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