Tava com saudades de saber o que temos assistido? Seguem algumas sugestões do que anda no radar dos colunistas do Inconformidades!

Paula Mazolli – A questão psiquiátrica tem andado de mãos dadas com a misoginia desde que o mundo percebeu a intensidade do poder feminino. Quando a melhor saída para o não entendimento sobre os nossos desejos, ansiedades, dores, intuição e hormônios, era a castração da nossa alma.

O livro de Victoria Mas, “O Baile das Loucas”, inspirou o filme de mesmo nome (“Le Bal Des Folles”, direção Mélanie Laurent) que estreou no Amazon Prime. Conta a história de mulheres que também foram vítimas da má compreensão -e maldade- de uma sociedade que classificava como histeria qualquer particularidade que desviasse padrão aceito de comportamento daquela época: a Paris de 1885, onde no hospital de Salpêtrière, elas são tratadas como animais, num experimento sádico e criminoso.

“’O Baile das Loucas’ é um conto sombrio e magnífico sobre perversidade espetaculosa, injustiça selvagem e a força inextinguível das mulheres… tão comovente quanto macabro” – Emma Stonex, autora de “O Farol”.

A cruzada secular contra o feminino, escrita tristemente com sangue, fogueiras, sanatórios, amarras, leis e discursos machistas, só não contava com a extensão da nossa determinação.

Nos últimos anos, a união que tanto tentaram enfraquecer das nossas fúrias, despertou a sororidade adormecida em cada uma de nós. E essa é a mensagem do livro e filme. A aliança que contra tudo e todos, através dos tempos, semeou a nossa liberdade.

Dix pour cent

Cris Donadio – Adoro biografias e ou tudo que tem uma pitada da vida real.  Mesmo sendo um livro de contos, “O Manual da Faxineira” traz claramente esse tom: os milagres do seu cotidiano, com bom humor, escritos  de uma maneira muito original. Tô gostando!

E nessa mesma linha, “real”, adoro documentários. O meu preferido ,e que revi recentemente, é “Joan Didion” na Netflix, narrado pela própria, com sua força e história incríveis e inspiradoras! E na linha ” diversão certa”, indico a série francesa “Dix pour cent”, também na Netflix, sobre o dia a dia de uma agência francesa de talentos, com a participação, em cada episódio, de atores maravilhosos, como “os próprios agenciados”: Juliette Binoche, Monica Bellucci e Sigourney Waever, e outros tantos. Adoro!

Ana Rodrigues – Fernandinha Abreu, a eterna garota carioca cheia de swing, faz 60 anos e comemora 30 anos de carreira solo lançando um novo álbum com remixes dos seus maiores sucessos, e eu fui correndo escutar, afinal adoro soltar o corpo ao som de Fernanda Abreu.

O disco é fruto do trabalho de treze DJs convidados, em que cada um escolheu uma música da artista e teve liberdade para criar em cima. A curadoria ficou por conta do DJ Meme e da própria Fernanda. Eu senti falta da música “Garota Sangue-Bom”, que me faz dançar em qualquer lugar. Mas gostei muito do disco. Escutei todinho no Spotify.

“Sex Education”, uma das minhas séries favoritas, chegou na terceira temporada. Devorei em uma tarde. São 8 episódios de aproximadamente uma hora cada e que te prendem do início ao fim. Um dos pontos positivos da série, pra mim, é que todos os personagens são interessantes, não só os principais.

A história ganha um ritmo interessante e consegue abordar diferentes temas. Na minha opinião é uma série que todo mundo deveria assistir, pois trabalha com assuntos pertinentes como gênero, sexualidade e respeito às diferenças, de uma forma única e muito bem feita. A série tá na Netflix.

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