Proponho começar a leitura com algumas reflexões: o que estamos perseguindo? Por onde anda essa tal felicidade? Dentro desse contexto, gostaria de me apresentar: eu sou a Beta Drable e tem horas em que eu me sinto só o pó de café… Descafeinado!

Explico: há um tempo eu venho percebendo que a minha cobrança interior vem se manifestando fortemente. Assim, questionamentos como: “será que o que estou fazendo é suficiente?”, “será que estou atendendo às expectativas daqueles que eu amo?”, “será que eu estou organizando direitinho a minha casa”? Pois é, essas perguntas vêm martelando o meu pensamento a ponto de não me deixar relaxar e curtir o meu tempo livre.

Como em um passe de mágica, a minha to do list se torna tão enorme que não consigo desacelerar, a cabeça fica a mil e o sono vai para a outra dimensão (tem horas em que penso até em “demitir” os carneirinhos). Até com o trabalho me pego em uma cobrança insana. Daí questiono o meu profissionalismo, a minha capacidade (hello, “síndrome do impostor”!). Isso que ainda estamos na metade do ano!

Pode ser que toda essa cobrança seja fruto de uma cultura quase desumana de que precisamos estar sempre perfomando no máximo e muito além das nossas condições, seja no trabalho, na vida pessoal, nos nossos relacionamentos. Além disso, os últimos anos bagunçaram os papéis da nossa rotina e a visão do trabalho: a casa e o escritório se tornaram um só.

Vocês também sentem isso? Recentemente, buscando dicas de livro, algo me chamou a atenção. Gente, é uma quantidade de livros de autoajuda para cá e para lá, para tudo o que você ousar imaginar… “Seja a Mulher Maravilha e deixe a Marvel orgulhosa do seu desempenho”!

E junto com o tsunami do “ter que”, “não pode perder tempo” (gente, até os Avengers estão sentindo o peso da idade!), a ansiedade invade a sua casa” e se instala de mala e cuia. E qual será o prêmio dessa corrida maluca? Alguém sabe? Talvez uma exaustão, seguida de uma prescrição. Triste, não é?

É necessário desacelerar. Eu, particularmente, não tenho a menor pretensão de ser exemplo de perfeição, de ter uma casa digna de capa de revista de tão organizada. Só temos essa vida, certo? (Se vierem outras, nossas histórias e caminhos possivelmente serão diferentes).

Tento, assim, deixar de me cobrar tanto, de aproveitar, de encontrar um ponto de equilíbrio. E, sim, não é crime não fazer nada nas horas livres! Além disso, não se deixe enganar pela perfeição das redes sociais: naqueles posts, todos São invencíveis.

E, se te ajudar da forma como me ajudou, fique sabendo (por favor, me corrijam se eu estiver errada) que até o pessoal que, no passado, defendia a celebração do sol, praticamente, ainda de madrugada, já andou repensando a estratégia e reconhecendo a necessidade daqueles “5 milhões de minutinhos” a mais.

Cada um que celebre a vida do seu jeito da maneira que quiser e puder. E ninguém precisa ser nenhum molde pré-estabelecido. Que sejamos leves, seguros e menos ansiosos (sim, estou aqui digitando e pensando que é difícil…, mas o custo de não tentar pode ser bem alto).

Vamos em frente! No nosso tempo e no nosso equilíbrio. Ah, e sabe aquela pressão de ter o corpo digno da capa da “Sports Ilustrator”? Nem Hollywood está aguentando mais. Pense na saúde, mas não se torne escravo de uma utopia.

Um beijo e até a próxima.

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