Estes meses (quase um ano!…) de pandemia têm sido de dúvidas, de ansiedade e de muitos desafios. Mas também vêm trazendo muitas descobertas (você não fez algumas?) e, no meu caso, uma delas foi a massagem facial com gua sha. Nunca havia cogitado dedicar alguns minutos diários para esse ritual, confesso.

Minha rotina é agitada e, apesar de aplicar religiosamente meu skincare antes de sair de casa, isso era sempre feito com pressa – espalhava o sérum e corria para o quarto vestir o look do dia, aplicava o hidratante e um minuto depois já estava passando o protetor solar. Com a chegada do isolamento, repentinamente ganhei alguns momentos extra em minhas manhãs. E resolvi experimentar os massageadores para o rosto que estavam à mão.

Primeiro, foi o famoso roller, que estava bombando nos perfis das colegas do mundo da beleza. Achei agradável, mas não chegou a ser uma paixão. Depois, pulei para um massageador eletrônico da Mary Kay. Me encantei pelo gadget, que vibra enquanto você o desliza para lá e para cá – mas esse acessório, infelizmente, foi descontinuado pela marca, então, não dá para indicá-lo. Por fim, cheguei ao gua sha, espécie de placa esculpida a partir de uma pedra (o meu é feito de quartzo rosa) com formato idealizado para se encaixar nos contornos do rosto. Foi aí que viciei de vez.

A massagem com gua sha é mais vigorosa do que a feita com o roller – você precisa imprimir um pouco de pressão ao deslizar a plaquinha. Para quem adora técnicas assim, como é o meu caso, o prazer já começa aí. E os benefícios são muitos: ajuda a relaxar pontos de tensão (algo extremamente útil em tempos de tantas incertezas…), estimula a drenagem de líquidos acumulados, aumenta a microcirculação sanguínea… O inchaço vai embora, o que, para mim, é maravilhoso, já que tenho uma propensão genética a reter líquidos e a acordar com o rosto redondo. A aparência fica mais descansada e, quando mantenho a regularidade, percebo que a pele se torna mais viçosa, e os contornos faciais, mais definidos. Só sucesso.

O momento certo de fazer a massagem com gua sha é depois de limpar, tonificar e passar seus produtos habituais de skincare – sérum, hidratante, nutritivo, antissinais… Aproveite aqueles instantes em que você ainda sente o cosmético na pele para deslizar o gua sha em movimentos ascendentes. Encaixe-o na linha da mandíbula e, partindo do queixo, escorregue em direção à base da orelha. Depois, apoie a ponta mais gordinha do gua sha no canto do lábio e suba até a orelha. O terceiro passo é encaixar o gua sha no ossinho da maçã do rosto e deslizá-lo no sentido da têmpora.

Esses são os movimentos mais básicos, mas a massagem não precisa parar por aí. Você pode encaixar o gua sha na linha da sobrancelha e acompanhar o desenho da órbita, para drenar a pálpebra superior. Fazer movimentos ascendentes na testa – é bem relaxante – ou aplicar a ferramenta nas laterais do pescoço, drenando o excesso de líquidos em direção à omoplata (neste caso, os movimentos são descendentes). São várias as possibilidades e em uma pesquisa rápida na internet ou no Instagram você logo vai descobrir muitas maneiras de ampliar o ritual.

Dica final: apesar de se acreditar que cada tipo de pedra tem uma propriedade específica – o quartzo rosa é calmante, o jade, estimulante, e por aí vai –, mais importante do que ficar se prendendo a isso é garantir que o seu gua sha seja realmente seja feito com uma pedra, e não de material sintético. Isso sim assegura que o acessório seja de qualidade. Divido aqui alguns modelos de duas marcas diferentes, a Océane e a Elemento Mineral (que conheci por meio da plataforma Slow Market), para facilitar.

No destaque: Kit com três gua shas de formatos diferentes, Océane.

Abaixo: kit com gua sha e roller de quartzo rosa, Océane.

Gua sha

Gua sha de fluorita, Elemento Mineral.

Gua sha

Gua sha e roller de aventurina, Elemento Mineral.

Gua sha
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