Já ouviu falar em Muralismo?

Quem não sentiu vontade de mudar algo em casa, durante o confinamento? Por aqui, não foi diferente… Nossa proposta: transformar um quarto na edícula, que já havia sido utilizado como depósito, ateliê e brinquedoteca, num espaço fitness.

Ponto de partida para o Muralismo: pintar a parede principal. Essa arte na parede tem o poder de transformar um ambiente!

O Muralismo teve seu início nas civilizações grega e romana, embora muito pouco tenha sido preservado até os dias de hoje. A partir do Renascimento, foram criadas verdadeiras obras primas. A técnica utilizada era o Afresco, onde pigmentos puros são incorporados à água e utilizados sobre gesso ou nata de cal ainda úmidos. Grandes Mestres nos presentearam com suas obras geniais, como Michelangelo, na Capela Sistina com o Juízo Final, e Leonardo da Vinci em a Última Ceia.

Muralismo

Ao longo da história, vemos um interesse progressivo por tapeçarias e vitrais na decoração de interiores; deixando a pintura tipo Muralismo para segundo plano. Já no século XX, a Arte Mural ressurge com a vanguarda europeia, num caráter mais expressionista e abstrato, a partir dos movimentos cubista e fauvista, adquirindo maior visibilidade.

Enfim, uma releitura contemporânea e a necessidade de inovação nessa “fase bege” – sem graça, advinda de uma quarentena estendida – incentivam essa forma de arte, que veio forte, de maneira mais irrestrita e autêntica, dando um banho de tinta e novas possibilidades aos lares.

Nessa vibe de Muralismo, pintamos à mão livre camadas sinuosas e formas orgânicas, remetendo a montanhas em tons de coral, laranja e rosa. Chamamos de nosso Atacama!

Conservamos uma parede de lousa (de quando as meninas eram pequenas) e fizemos também um painel chalk lettering. Forramos o piso com tatame de EVA e equipamos com o necessário para um treino funcional.

Assim, montamos a nossa pequena academia em casa. E claro, não poderia faltar uma boa iluminação, ventilação e música para animar!

Vou contar para vocês que a melhor parte dessa experiência foi envolver minhas filhas num projeto caseiro, desafiá-las a colocar a mão-na-massa (sim, a parede estava com trincas e mancha de infiltração; masseamos, lixamos e pintamos!) e passar um bom tempo juntas, exercitando a criatividade.

É isso, Just Do It!

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