Quando eu comecei a pensar sobre o que escreveria esse mês me deu um branco. Um vácuo que tenho sentido principalmente no trabalho, sempre fui a rainha das ideias e é muito estranho não conseguir pensar em nada novo. Fui até o Google e digitei “bloqueio criativo”. Eis a resposta: “Perda temporária da habilidade de continuar a gerar conteúdo, geralmente por falta de inspiração ou criatividade. Tipo uma pane mesmo, que está ligada também à ansiedade e ao cansaço. Guarde essa informação.

Agora vá ao Google Trends e digite “mãe cansada”. Você vai ver que nunca na história este termo foi tão buscado, ele explodiu desde o ano passado. Achávamos que ficaríamos em casa por alguns meses e que a vida voltaria ao normal depois de um tempo. Passou-se um ano e dois meses e não temos ainda noção de quando voltaremos à rotina que tínhamos.

Se antes a mulher já tinha que ser multitask, agora ela é obrigada a ser multirole também. Ser professora na aula online ao mesmo tempo em que é babá do filho mais novo, enquanto faz a sua apresentação de trabalho. Estar em muitas funções ao mesmo tempo liberal cortisol no nosso organismo, o que causa estresse.

Antes tínhamos nossas rotas de fuga, tomar um café com as amigas, passeio à tarde com a mãe, leitura de um livro ou ida a um restaurante novo com o marido. Com a pandemia essas recargas de bateria foram inviabilizadas, mas fomos obrigadas a gastar mais a nossa bateria.

Concluindo a minha reflexão, não perdemos a nossa potência criativa, só estamos exaustas e estressadas. Vai passar quando pudermos descansar e nos inspirar seja pela natureza, pela arte, pela literatura ou pela música. O quê eu desejo para quem for mãe no próximo Dia das Mães? Tempo, um tempo só seu para você gastar como quiser, dormindo, lendo ou dançando. Tudo que eu quero para ter minhas ideias de volta.

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Hoje o que me resta é assistir a ruína da fantasia que criei para tentar ser feliz. Nossos personagens despidos, me acusando injustamente.