Eu li essa frase em um dos muitos blogs sobre o “prime time” das mulheres, que significa “nosso melhor momento”, e confesso que parei para pensar. E no meu perfil @cool50s, no Instagram, falei sobre esse tema algumas vezes. Se eu tivesse a oportunidade de escrever um “guia da vida” para alguém, despretensiosamente, o que colocaria nele? Relataria uma vida linear, dando conselhos tradicionais como “estude muito” ou “lute pelos seus sonhos”, ou falaria um pouco sobre o que a vida me trouxe aos 50 anos?

Acho que começaria o meu guia para a vida com um conselho: seja mais flexível.

Esteja aberta para as diferenças. Mentes engessadas vão te atrapalhar lá na frente, minar seus relacionamentos, impedir que você conheça pessoas interessantes e se torne uma.

Tenha um repertório extenso: leia muito, vá ao teatro, a museus, assista aquele documentário que parece chato, se informe. Aprenda alguma coisa nova a cada ano: falar francês, fazer cerâmica, uma parte interessante da história contemporânea, vale até surfar.

Sabe aquele filme que está bombando agora e concorrendo a todos os prêmios importantes? Se aventure e assista, mesmo sendo o oposto do seu gosto atual. Sair da zona de conforto pode ser surpreendente.

Ouça o ponto de vista diferente do seu. Deixe um pouco a sua bolha, circule com pessoas de todas as esferas, a vida é tão complexa! Não tenha preconceito e nem prevenção com a nova Geração X, Y ou Z. Querendo ou não, eles são o futuro e têm muito a nos ensinar. Se não acompanharmos, viramos jurássicas.

Tenha amigos, muitos. Mais novos, mais velhos, pessoas divertidas com energia boa. Escolha as pessoas que te rodeiam, e usem o mantra do gênio Lulu Santos: “Eu vejo um novo começo de era, de gente fina, elegante e sincera, com habilidade, pra dizer mais sim do que não”.

Não se apegue a números: de roupas, da balança, de idade. Além de nos atormentar, esses números não nos acrescentam nada.

Não perca tempo cultivando rancor. Sua energia vai diminuir com o tempo, então canalize ela para coisas boas: levante peso, gaste essa energia na academia, na caminhada, na natação, qualquer atividade que te traga um retorno positivo.

Tenha prazer em detalhes pequenos. Você vai querer passar mais tempo em casa, invista nela. Se você gosta, compre louças bacanas, lençóis macios, colchas fofinhas. Acenda velas quando anoitecer, muitas. Tenha sempre um vinho gelando, ou um tinto-coringa. Uma casa gostosa vai te trazer um conforto enorme naqueles dias em que a solidão pode apertar. E um copo de vinho só vai te deixar mais feliz.

Compre muitos livros. Leia esses livros. E se você for como eu, vai querer rele-los depois de alguns anos, então não faça como a Marie Kondo aconselha… Não doe seus livros repletos de significados. Faça um cantinho especial em sua estante e de quando em quando leia aquela página que você dobrou uma orelha. Isso traz lembranças incríveis.

Desenvolva seu senso de humor. Um dos posts de maior repercussão que fiz no @cool50s foi uma frase da Reese Witherspoon: “ Sempre vai ter alguém mais novo ou mais sexy. É por isso que gosto de dizer: o senso de humor não envelhece nem fica flácido”.

E a última dica do meu guia para a vida (esse seria um guia para a vida de bolso, prometo fazer a versão mais nova, editada e completa): não tire um pelo de suas sobrancelhas. Elas afinam mesmo e não voltam. Conselho que minha mãe me deu aos 15 anos e que tento repassar para minha filha e sobrinhas.

E vocês? O que colocariam em seus “guias para a vida”? Estão prontas para fazer um?

Um beijo, meninas, e até a semana que vem.

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