“Força na Peruca! – Tragédias & Comédias de um Câncer” (editora Just, 2008) é um relato bem-humorado e otimista de uma sobrevivente do câncer de mama.
A autora Mirela Janotti fala no livro sobre a sua experiência com a doença, e descreve, além da dureza de uma nova rotina entre exames, cirurgias (foram oito), sessões de quimioterapia e radioterapia, um outro lado da luta, normalmente ameaçado pelas pré concepções e medos que acompanham o assunto: o da limonada que podemos fazer com os limões da vida.
De forma leve, seu depoimento conta que a partir do diagnóstico- e por causa dele- a mudança abrupta da sua trajetória despertou aprendizados, transformações, e principalmente conquistas. Sem desmerecer a complexidade e intensidade do que significa ter a doença.
Ser mulher é conviver com a possibilidade de encontrar o câncer de mama pelo caminho. Fato. Mas a força e coragem para enfrentarmos as nossas batalhas estão aqui, sempre estiveram, faz parte do que move o feminino, adormecidas até serem chamadas.
O diagnóstico precoce, essencial para o sucesso do tratamento, é crucial, mas não mais importante que a desmistificação da imagem derrotista que envolve o tema, objetivo principal -e tão bonito- dos grupos de apoio. Porque a cura é uma realidade. E a esperança, a informação, e a fé, nossas melhores armas.
(Em 2010, Mirela também escreveu o gibi “Super Joana contra o câncer de mama”, distribuído pelo SUS, e é cocriadora do grupo “Mulheres de Peito”- que incentiva e salienta a importância de se buscar e manter um padrão de normalidade durante o tratamento, através do exercício da profissão ou de outras atividades complementares, como trabalhos artísticos e manuais)
